Lula manda recado aos EUA: "Se não quiserem comprar, Brasil vende para outros" — China na mira
Lula: "Se EUA não quiserem, Brasil vende para outros"

Numa jogada que mistura pragmatismo econômico e um toque de provocação diplomática, o presidente Lula deixou claro que o Brasil não vai ficar de joelhos esperando por compradores. "Tem quem queira, tem quem não queira — a gente segue em frente", disparou, com aquela cara de quem já viu muito peixe morrer na praia.

O recado, dado entre um cafezinho e outro, parece ter endereço certo: Washington. Mas os ouvidos atentos estavam do outro lado do Pacífico. A China, sempre faminta por commodities, já esfregou as mãos.

O jogo das cadeiras musicais globais

Não é segredo que o governo atual prefere não colocar todos os ovos na mesma cesta — especialmente quando essa cesta tem listras vermelhas e azuis. O NYT destacou o tom descontraído, porém firme, do presidente: "Se um não quer, dois não brigam. Temos outros parceiros."

E quem são esses parceiros? Bom, os números falam por si:

  • Exportações brasileiras para a China cresceram 12% só este ano
  • Enquanto isso, o comércio com os EUA patina — quando não recua
  • Setor agrícola já comemora antecipadamente novos contratos

Entre linhas e entrelinhas

Analistas ouvidos pelo G1 destacam que, por trás da fala aparentemente casual, há um cálculo preciso. "É como jogar xadrez com peças de dominó", brinca um especialista em comércio exterior, pedindo anonimato. "Lula sabe que precisa equilibrar relações sem queimar pontes — mas também não vai ficar de molho eternamente."

O clima nas redes? Dividido, como sempre. De um lado, os que aplaudem a postura "desencolida". De outro, quem vê risco de "fazer cosquinha no dragão errado". Enquanto isso, nos corredores do Itamaraty, o burburinho é de quem encontrou o bilhete premiado na sopa.

Uma coisa é certa: nesse baile global, o Brasil parece decidido a dançar com mais de um par — mesmo que alguns pés sejam inevitavelmente pisados.