
Olha, a coisa está melhorando para o presidente Lula, mas não é tão simples quanto parece. Segundo a mais recente pesquisa Quaest, ele finalmente conseguiu atingir um marco importante: 50% de avaliação positiva. Um alívio, sem dúvida, depois de tantos meses turbulentos.
Mas cá entre nós — os números escondem uma verdade mais complexa. A recuperação, ainda que significativa, vem num ritmo que me faz pensar. Será que é suficiente?
Do fundo do poço à luz tênue
Lembram-se daquele tombo estrondoso no começo do ano? Pois é. O presidente acumulou tantas reprovações nos primeiros meses que agora, mesmo com a melhora, ainda está correndo atrás do prejuízo. E que prejuízo.
Os especialistas da Quaest fizeram as contas — e não são nada animadoras. Se a popularidade dele continuar subindo no mesmo ritmo atual, só em 2025 é que a imagem dele vai, finalmente, zerar o saldo negativo. Incrível, não?
Os números que não mentem
Vamos aos detalhes que importam:
- Aprovação total: 50% (é, metade do país está dando um voto de confiança)
- Desaprovação: 43% (uma queda considerável, mas ainda expressiva)
- E aqueles que não sabem ou não responderam? 7% — uma margem que pode virar jogo.
E tem mais. A reprovação forte — aquela que machuca — caiu dez pontos percentuais desde março. Algo está mudando, mesmo que devagar.
Regionalmente, a coisa muda de figura
No Nordeste, como era de se esperar, Lula é praticamente um ídolo. 63% de aprovação é número de campeonato. Já no Sul… bem, melhor nem comentar. Só 34% — uma rejeição que dói até no papel.
E não para por aí. Quem ganha até um salário mínimo aprova mais (57%) do que quem ganha acima de cinco (36%). A divisão social e econômica do Brasil espelhada numa pesquisa de opinião.
E os ministros? Como ficam?
Aqui, a história é diferente. Nenhum membro do primeiro escalão do governo — repito, nenhum — tem aprovação líquida positiva. É como se a popularidade do presidente andasse de um lado, e a de sua equipe, de outro.
Sim, o próprio Lula já admitiu que talvez tenha errado na escolha de alguns nomes. E os números confirmam a tese.
Mas e aí? O que isso significa para os próximos meses? Bom, se a tendência se mantiver, 2024 ainda será um ano de reconstrução. Lenta, gradual e — quem sabe — sólida.
Ou não. Porque política, como bem sabemos, é cheia de surpresas.