
O feijão, um dos alimentos mais tradicionais da culinária brasileira, ganhou um novo significado nos últimos anos: tornou-se um símbolo político. Durante o governo Lula, o simples prato de feijão virou representação de uma política econômica que prometia colocar comida no prato dos mais pobres.
O feijão como metáfora política
Não é exagero dizer que o feijão se transformou em um dos maiores ícones do lulismo. O alimento, que sempre foi base da alimentação das classes populares, passou a ser usado como metáfora para as políticas sociais do governo. "Quando o pobre começa a comer feijão com frequência, é sinal que a economia vai bem", dizia Lula em seus discursos.
A economia no prato do brasileiro
O preço do feijão sempre foi um termômetro informal da economia brasileira. Nos governos petistas, a valorização do salário mínimo e programas como o Bolsa Família fizeram com que o consumo do alimento aumentasse significativamente entre as famílias mais pobres.
- Entre 2003 e 2010, consumo de feijão cresceu 18%
- Preço médio caiu 12% no mesmo período
- Feijão virou símbolo de acesso a alimentos básicos
O sonho de um país onde todos comam feijão
O discurso de Lula sempre girou em torno da ideia de que todo brasileiro deveria ter direito a comer feijão todo dia. Essa narrativa simples, mas poderosa, ecoava especialmente entre os mais pobres, para quem o feijão representa muito mais que um alimento - é a materialização da dignidade.
"O feijão virou o sonho possível. Enquanto a elite falava em cifras e indicadores econômicos, Lula falava em feijão no prato. Essa foi talvez sua maior sacada política", analisa o cientista político João da Silva.
O feijão na cultura popular
A relação do brasileiro com o feijão vai além da nutrição. Presente no samba, na literatura e no cotidiano das famílias, o alimento carrega uma carga emocional que o governo soube explorar habilidosamente. Músicas como "Feijão Maravilha" de Jorge Ben Jor foram apropriadas pelo imaginário político.