
Não foi um romance, nem mesmo uma parceria tranquila. O primeiro semestre de 2023 entre o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional foi mais como um casamento arranjado onde os noivos vivem trocando farpas — e a conta do divórcio pode sair cara.
Enquanto o governo tenta emplacar suas prioridades (e olha que a lista não é pequena), os parlamentares parecem mais preocupados em marcar território. Resultado? Um cabo de guerra que já virou rotina em Brasília.
Os Pontos de Atrito que Esquentam o Jogo
Dá pra resumir em três palavrões — perdão, três palavras-chave:
- Orçamento: Aquela velha briga por quem controla os cordões da bolsa. O governo quer flexibilidade, o Congresso quer poder de barganha. E no meio? O contribuinte que se vire.
- Reforma Tributária: Todo mundo concorda que precisa mudar. O problema é como — e quem vai sair perdendo nessa história.
- PECs: Propostas de Emenda à Constituição que mais parecem cartas marcadas. Algumas tão polêmicas que fariam até um juiz de futebol hesitar antes de apitar.
E o Povo com Isso?
Enquanto os ânimos se acirram nos corredores do poder, João e Maria — aqueles mesmo, o povo brasileiro — continuam esperando respostas para problemas que não podem esperar. Inflação, emprego, saúde... a lista é conhecida.
"É como assistir a um jogo onde os jogadores discutem o uniforme enquanto a bola rola solta", comenta um analista político que prefere não se identificar. E ele tem um ponto.
O segundo semestre promete — e quando um político diz isso, é melhor se preparar para turbulência. Com eleições municipais no horizonte de 2024, o jogo de interesses só tende a ficar mais... digamos, criativo.