Lula é elogiado por diretor da ONU como 'comandante na luta contra a fome' — veja os detalhes
Lula é chamado de "comandante" contra fome por diretor da ONU

Numa daquelas cenas que ficam marcadas na memória política, o diretor-geral da FAO — aquela agência da ONU que cuida da agricultura e alimentação — soltou um elogio de deixar qualquer um de queixo caído. Chamou o presidente Lula de "comandante" na guerra contra a fome mundial. E olha que não foi um cumprimento qualquer, jogado ali só para inglês ver.

O encontro rolou em Roma, onde fica a sede da organização, e parece que o brasileiro deixou sua marca. "Quando o assunto é combater a insegurança alimentar", disparou o diretor Qu Dongyu, "o presidente Lula não só fala a língua, como dança conforme a música". Metáfora das boas, não?

O que tá pegando

Segundo fontes que acompanharam o papo, a conversa foi daquelas que esquentam rápido. De um lado, o representante da FAO destacando programas como o Fome Zero — aquele que fez barulho nos anos 2000. Do outro, Lula rebatendo com planos novos, cheios de firula tecnológica e parcerias internacionais.

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Não é todo dia que um líder brasileiro vira referência nesse assunto, né? Mas parece que o jeitão do presidente — meio pé no chão, meio visão de futuro — caiu nas graças dos chefões da ONU. "Temos muito a aprender com a experiência brasileira", admitiu Qu Dongyu, num tom que misturava respeito e certa urgência.

Por trás dos holofotes

Entre um cafezinho e outro, rolaram discussões técnicas que dariam um tratado. Desde sistemas de estoques reguladores até aquela velha briga por subsídios agrícolas — assunto que sempre acaba em pizza nas reuniões internacionais. Mas dessa vez, insistem os presentes, o clima foi diferente.

"Quando um país como o Brasil, que já foi importador de alimentos, vira potência agrícola e ainda se preocupa com quem não tem o que comer, isso vira caso de estudo", refletiu uma das assessoras, enquanto organizava pilhas de documentos.

E os números? Bem, eles contam parte da história. Nos anos Lula, o país saiu do Mapa da Fome da ONU em 2014. Depois, com a crise econômica e a pandemia, alguns indicadores retrocederam. Agora, o desafio é retomar o caminho — e, de quebra, exportar o modelo.

Nem tudo são flores

Claro que tem quem torça o nariz. Críticos lembram que, apesar dos avanços, o Brasil ainda tem bolsões de pobreza extrema — principalmente no Norte e Nordeste. Outros questionam se os métodos de antes funcionariam hoje, com orçamentos mais apertados e uma economia global cambaleante.

Mas no meio diplomático, o recado foi claro: quando o assunto é colocar comida no prato dos mais pobres, o Brasil tem lições valiosas para compartilhar. E Lula, pelo visto, está mais do que disposto a assumir esse protagonismo.

Resta saber se esse reconhecimento internacional vai se traduzir em resultados práticos — tanto lá fora quanto aqui dentro. Porque no final das contas, como diz o ditado, de boas intenções o inferno tá cheio. Mas pelo menos o assunto está na mesa.