
Numa jogada que pode definir os rumos da economia nos próximos meses, o presidente Lula marcou um encontro de alto nível com o vice-presidente Geraldo Alckmin. O assunto? Aquele que está tirando o sono de muitos empresários: as tarifas que estão estrangulando setores vitais do país.
Segundo fontes próximas ao Planalto, a reunião — que deve acontecer ainda esta semana — não será apenas mais uma daquelas conversas protocolares. Está prevista uma análise minuciosa dos setores mais afetados, com possíveis medidas de socorro emergencial já sendo desenhadas nos bastidores.
O que está em jogo?
Não é exagero dizer que estamos falando de uma bomba-relógio. Algumas indústrias já começam a sentir no bolso — e como! — os efeitos da tarifação. E olha que o pior pode estar por vir, se nada for feito.
- Setor automotivo: importações de peças com custos até 30% maiores
- Eletrônicos: preços nas alturas e estoques minguando
- Agroindústria: insumos agrícolas com preços que assustam
"Tem gente que acha que é só esperar passar, mas a situação tá preta", comentou um assessor que preferiu não se identificar. Ele tem razão — a crise não vai embora sozinha.
O plano B (e C, e D...)
Resta saber que cartas o governo tem na manga. Alckmin, com sua experiência na área econômica, deve puxar a orelha em alguns pontos. Já Lula, sabemos, prefere medidas mais... digamos, diretas.
Entre as possibilidades que circulam nos corredores:
- Linhas de crédito emergenciais com juros subsidiados
- Redução temporária de impostos para setores estratégicos
- Acordos bilaterais para driblar as tarifas internacionais
Uma coisa é certa: o relógio está correndo. E quando a economia aperta, não adianta chorar — tem que fazer acontecer. Ou será que estou exagerando?