
Numa rede social que mais parece arena geopolítica, o presidente Lula soltou o verbo sobre como o Brasil tá tocando o papo com os Estados Unidos. E olha só: não é no grito, nem na base do "sim, senhor".
"A gente não tá de brincadeira, mas também não tá de cavalo empinado", parece dizer o post — com outras palavras, claro. O tom é de quem joga xadrez enquanto outros acham que é jogo de damas.
Nos bastidores da diplomacia
Segundo fontes que respiram ar condicionado de gabinete, essa conversa Brasil-EUA tá rolando em pelo menos três níveis:
- Comércio — onde o Brasil quer mais do que soja e minério
- Tecnologia — porque ficar só no agronegócio é coisa do século passado
- Mudança climática — onde o país pode ser protagonista, não coadjuvante
Não é à toa que o Itamaraty tá com a agenda cheia. Na terça, um embaixador americano foi visto saindo do Palácio do Planalto com cara de quem ainda tá processando informações.
O pulo do gato estratégico
O que chama atenção é como o governo brasileiro tá equilibrando o jogo. Por um lado, não fecha os olhos para as... digamos, "particularidades" da política interna americana. Por outro, não deixa isso atrapalhar o que interessa.
"Tem hora pra ser firme e hora pra ser flexível", comentou um assessor que prefere não ter o nome estampado. "O presidente sabe que o Brasil não é mais aquele país que só pedia ajuda."
Enquanto isso, nos corredores do Congresso Nacional, o assunto rende. Uns acham que tá faltando garra. Outros, que tá sobrando cautela. No fim, parece que ninguém discorda de uma coisa: o tabuleiro global tá mais instável que piso molhado.