
Não é todo dia que a política invade os gramados com tanta força. Mas quando acontece, vira um verdadeiro rebuliço. E olha que o assunto não é novo, mas sempre dá pano pra manga.
Igor Julião, em sua coluna, esmiuça um tema espinhoso: a crescente visibilidade de jogadores que assumem posicionamentos de direita. E não é só uma questão de opinião — tem muito mais por trás disso.
O jogo dentro do jogo
O que leva um atleta a sair do script e entrar no campo minado da política? Segundo Julião, a resposta pode estar numa palavra: pertencimento. Num mundo onde o futebol sempre foi um caldeirão de ideias, agora parece que alguns jogadores estão buscando novas tribos.
"É como se fosse uma camisa que eles vestem com orgulho", analisa o colunista. E não é só figurativo não — tem jogador que realmente parece mais confortável defendendo bandeiras políticas do que driblando zagueiros.
O paradoxo do vestiário
O mais curioso? Enquanto a sociedade brasileira vive uma polarização sem precedentes, os vestiários continuam sendo espaços relativamente harmônicos. "É como se existissem duas realidades paralelas", observa Julião. De dia, discussões acaloradas nas redes sociais; à noite, passes precisos entre companheiros de time que pensam de forma diametralmente oposta.
Será que o futebol está ensinando algo ao Brasil? Ou será apenas uma trégua temporária?
Os riscos do posicionamento
Não dá pra ignorar os perigos dessa exposição. Alguns jogadores já sentiram na pele — ou melhor, no contrato — as consequências de se posicionarem. Clubes, patrocinadores e até torcidas nem sempre recebem bem essas manifestações.
Mas por outro lado, tem quem veja nisso uma quebra de tabu. "Finalmente os atletas estão se sentindo livres para serem quem são", defende um treinador que preferiu não se identificar. Complexo, não?
No fim das contas, o que Julião propõe é uma reflexão: será que o futebol está se tornando mais diverso ou apenas refletindo as divisões da sociedade? E você, o que acha?