
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, intensificou a pressão sobre a Câmara dos Deputados nesta terça-feira (11) em relação aos supersalários no serviço público e às regras de aposentadoria dos militares. Em discurso, ele afirmou que o governo está disposto a enfrentar os desafios para garantir o equilíbrio fiscal.
"Não podemos mais conviver com privilégios que oneram o Orçamento e prejudicam a justiça social", declarou Haddad, em referência aos benefícios considerados excessivos em setores específicos.
O que está em jogo?
O debate ocorre em um momento crítico para as contas públicas, com o governo buscando aprovar medidas para fechar as contas em 2025. Entre os pontos polêmicos estão:
- Revisão de salários acima do teto constitucional no funcionalismo;
- Mudanças nas aposentadorias militares, que hoje representam um custo bilionário;
- Necessidade de ampliar a base de apoio no Congresso para reformas estruturais.
Resistência no Legislativo
O tema enfrenta resistência entre parlamentares, especialmente da bancada militar e de servidores públicos. Haddad, no entanto, sinalizou que o Executivo não recuará: "Vamos enfrentar essa discussão, pois o país precisa de coragem para mudar".
Analistas apontam que a disputa deve se acirrar nas próximas semanas, com impacto direto nas negociações do Orçamento e na relação entre governo e Congresso.