Numa fala que pegou muitos de surpresa — e deixou outros tantos com os cabelos em pé —, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, soltou o verbo nesta terça-feira. Segundo ele, a oposição está "travando o país" com manobras políticas que mais parecem um jogo de xadrez onde só uma das partes quer jogar.
"É como tentar dirigir com o freio de mão puxado", comparou, num tom que misturava cansaço com frustração. Os números da economia? Bem, esses parecem confirmar a tese. Projetos que poderiam injetar bilhões no PIB estão parados no Congresso, enquanto o relógio corre — e o preço da hesitação só aumenta.
O que está em jogo?
Numa lista que parece interminável:
- Reforma tributária — aquela que promete simplificar (mas ninguém concorda como)
- Novos marcos regulatórios — travados em discussões que mais parecem novelas sem fim
- Investimentos em infraestrutura — porque construir pontes políticas parece mais difícil que as de concreto
E enquanto isso? O mercado internacional observa com um pé atrás, os juros não dão trégua, e o cidadão comum — ah, esse sempre no fim da fila — paga a conta no supermercado e no posto de gasolina.
O outro lado da moeda
Claro que a oposição não ficou calada. Líderes criticaram o que chamaram de "discurso vitimista" e rebateram: "Governo que não negocia quer impor, não construir". Uma senadora chegou a ironizar: "Quando a música é ruim, a culpa é da plateia?"
O fato é que, com ou sem razão, o clima em Brasília lembra aqueles dias de chuva que nunca passam — úmidos, pesados, com todo mundo de cara fechada. E o Brasil? Esse fica esperando alguém abrir o guarda-chuva das soluções.
