Haddad critica 'tarifação injusta' e marca nova reunião com secretário dos EUA
Haddad critica tarifação dos EUA e marca nova reunião

Não é de hoje que o assunto esquenta os ânimos no Itamaraty. Fernando Haddad, ministro da Economia, não esconde a frustração com o que chama de "tarifação injusta" por parte dos Estados Unidos — e a coisa tá longe de ser resolvida no xadrez comercial.

Numa daquelas conversas que misturam diplomacia com um certo tom de "olha só no que deu", Haddad confirmou nova rodada de negociações com o secretário de Comércio dos EUA. O encontro, ainda sem data marcada, promete ser mais um capítulo dessa novela que já dura meses.

O que tá pegando?

O Brasil, claro, não é o único afetado. Mas aqui a dor de cabeça tem nome: sobretaxas que, segundo o ministro, distorcem completamente as regras do jogo. "Tem produto nosso que chega lá com até 30% de tarifa extra", disparou Haddad, num misto de indignação e cálculo político.

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Curiosamente, enquanto isso rola, o governo Lula prepara — quem diria — um pacote de incentivos para indústria nacional. Coincidência? Difícil acreditar.

E os americanos?

Do outro lado, o discurso é outro. Falam em "protecionismo necessário" e "defesa do mercado interno". Mas será mesmo? Analistas apontam que, em ano eleitoral nos EUA, medidas populistas costumam ganhar força — e o Brasil acaba pagando o pato.

"Tá na hora de colocar as cartas na mesa", defende um diplomata que prefere não se identificar. "Ou a gente negocia com firmeza, ou vira refém dessa gangorra."

Enquanto isso, nos bastidores, circulam rumores de que o Itamaraty estuda medidas de resposta. Nada oficial ainda, mas o clima é de que, se a conversa não avançar, o Brasil pode — finalmente — mostrar as garras.