
O governo federal está com um pé atrás quando o assunto é acordo tarifário. E não é para menos — a equipe econômica já deixou claro que qualquer benefício terá que ser conquistado a duras penas, não virá de mão beijada.
Fontes próximas ao Planalto revelam que há uma desconfiança generalizada sobre os termos desses negociações internacionais. "Não vamos colocar a carroça na frente dos bois", comentou um assessor que preferiu não se identificar. A postura é clara: sem garantias concretas, nada de abrir as porteiras.
O jogo das concessões
Enquanto outros países pressionam por abertura imediata, o Brasil — sempre pragmático — prefere pisar em ovos. A tal da reciprocidade? Só depois de ver para crer. E olhe lá.
Não é frescura. A memória ainda está verde de acordos que prometiam o céu e entregaram... bem, menos que isso. Dessa vez, a estratégia é outra: cautela extrema e passos calculados. Como dizem por aí: "confiar é bom, mas desconfiar é melhor ainda".
Os números que preocupam
- Setores estratégicos temem concorrência desleal
- Estimativas apontam riscos para indústrias nacionais
- O famoso "efeito dominó" nos preços internos
E não adianta vir com conversa mole — o governo já avisou que não vai cair nesse conto do vigário. Pelo menos não sem garantias sólidas como concreto armado. Afinal, como bem lembrou um técnico do Ministério da Economia: "Presente de grego a gente recusa com educação".
O clima nos bastidores? Ceticismo com pitadas de realismo. Mas também, depois de tantas decepções anteriores, quem não ficaria com a pulga atrás da orelha?