Governo atrasa CPMI e oposição aproveita para vincular golpe do INSS às eleições
Governo atrasa CPMI do INSS em ano eleitoral

O governo federal está adiando a instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigaria o suposto golpe aplicado no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Segundo apurou a coluna Radar, a estratégia é evitar desgaste político em um ano eleitoral.

Enquanto isso, a oposição já começou a usar o caso como ferramenta eleitoral, tentando vincular o escândalo à atual gestão. Parlamentares afirmam que o atraso na criação da comissão só beneficia o Planalto.

O jogo político por trás do atraso

Fontes do Congresso revelam que o governo tem articulado nos bastidores para postergar ao máximo a instalação da CPMI. O objetivo seria evitar que as investigações ganhem força no período pré-eleitoral, quando o eleitorado está mais atento aos escândalos políticos.

"É uma estratégia clara de contenção de danos", afirmou um deputado da oposição que preferiu não se identificar. "Eles sabem que quanto mais perto das eleições, pior seria o impacto de novas denúncias".

Aproveitamento eleitoral

Do outro lado, partidos de oposição já começaram a incluir o caso do INSS em seus discursos de campanha. A tática é associar o suposto golpe à atual administração, mesmo que as investigações ainda não tenham apontado responsáveis.

Alguns pontos-chave do discurso oposicionista:

  • Falta de transparência na gestão do INSS
  • Demora nas investigações
  • Possível envolvimento de aliados do governo

Especialistas em comunicação política alertam que o tema pode ganhar força à medida que as eleições se aproximam, especialmente se novos detalhes do suposto esquema vierem à tona.