
Brasília vai virar o centro das atenções do país amanhã. E não é por causa da política local – o que seria até compreensível. Desta vez, o burburinho é por causa de um encontro que promete esquentar os ânimos (e talvez alguns mercados): governadores de vários estados desembarcam na capital para bater um papo reto sobre aquelas tarifas que tão gentilmente nos presentearam do Norte.
Sim, aquelas mesmas. As do Tio Sam. As que tão fazendo o agro e a indústria brasileira morderem os lábios de preocupação. O tal "tarifaço" – como já tá sendo chamado nos corredores do Planalto – vai ser o prato principal do almoço (e da discussão) dessa turma toda.
O que tá em jogo?
Pra quem não tá ligado no assunto – e olha que não é pouca coisa – a brincadeira começou quando a administração Trump resolveu aumentar as tarifas de importação pra um monte de produtos brasileiros. Arroz, aço, suco de laranja... a lista é longa e dolorida. Resultado? Nossas exportações pra lá tão levando um belo de um tombo.
E os governadores? Bem, eles tão com a pulga atrás da orelha. Afinal, quem sente o baque primeiro são justamente os estados que dependem dessas exportações. Minas com seu minério, São Paulo com a indústria, o Centro-Oeste com o agro... dá pra entender a preocupação, né?
O que esperar do encontro?
Segundo fontes que acompanham a organização do evento – e que preferiram não ter seus nomes estampados por aí – a ideia não é só reclamar. O plano é costurar uma estratégia conjunta pra:
- Negociar compensações com o governo federal
- Buscar novos mercados internacionais
- Diversificar a economia dos estados mais afetados
"Isso aqui não é reunião de condomínio", brincou um assessor, antes de ficar sério: "Tem estado que pode entrar em recessão técnica se não agirmos rápido".
Ah, e detalhe: o ministro da Economia confirmou presença. Vai ser aquela festa...
E o povo brasileiro nisso tudo?
Pois é. Enquanto os técnicos discutem porcentagens e os governadores fazem contas, João e Maria lá no mercadinho tão sentindo no bolso. Alguns produtos já subiram, outros vão subir – e ninguém gosta de pagar mais caro pelo mesmo produto, certo?
Mas calma que nem tudo são espinhos. Tem quem veja oportunidade nessa confusão toda. "Pode ser a chance da gente valorizar mais o mercado interno", opinou uma pequena empresária do ramo têxtil, enquanto arrumava as prateleiras. "Agora se a gente vai saber aproveitar... aí já é outra história".
O Fórum começa às 9h no Centro de Convenções. E a gente vai ficar de olho pra ver no que vai dar essa jogada. Porque quando o assunto é economia – e política – nunca dá pra saber se o que vem por aí é tempestade ou temporal.