
Numa jogada que mistura lealdade familiar e cálculo político, Eduardo Bolsonaro — o deputado federal mais viralizado da família — está costurando uma estratégia arriscada. O alvo? Proteger o pai das garras da Justiça. O preço? Possivelmente, a estabilidade do país.
Enquanto isso, nas ruas, o brasileiro médio — aquele que paga contas e pega ônibus lotado — mal imagina o tamanho do xadrez que se joga nos bastidores. A manobra envolve uma interpretação criativa (para não dizer esquisita) das competências do STF.
O jogo das cadeiras musicais jurídicas
Eduardo quer emplacar a tese de que processos contra o ex-presidente deveriam tramitar primeiramente na primeira instância, não diretamente no Supremo. Convenientemente, isso daria tempo — muito tempo — até qualquer condenação eventual.
Não é genial? Ou seria desespero?
Juristas de renome torcem o nariz. "Isso não é defesa, é procrastinação institucionalizada", dispara um constitucionalista que prefere não se identificar. Outros lembram que a estratégia pode abrir precedentes perigosos — tipo "manual do fugitivo legal" para futuros governantes.
O preço político da blindagem
Enquanto a família Bolsonaro joga seu jogo particular, o Brasil paga a conta:
- Crise de credibilidade internacional
- Desgaste das instituições
- Polarização que não cicatriza
Nas redes sociais, a polarização esquenta. De um lado, os "blindadores profissionais". Do outro, os "caçadores de bruxas digitais". No meio? Você, eu, e o zé povinho tentando entender se isso é democracia ou reality show jurídico.
O timing não poderia ser pior. Enquanto isso, a economia patina, o dólar dá piruetas, e o povo... bem, o povo segue na sua sina de pagar o pato por brigas que não começou.
Será que alguém avisou ao Eduardo que salvador da pátria não é cargo hereditário?