
Três dias antes do temido "tarifaço" — aquele reajuste que todo mundo já tá de cabelo em pé só de ouvir falar — o governador Elmano de Freitas soltou o verbo (e não foi no grito). "Nossa aposta é no diálogo", declarou, com aquela cara de quem tá segurando a bronca com um sorriso meio apertado.
Parece que a receita do governo cearense pra evitar crise é uma só: conversa, muita conversa. E olha que não tá fácil — com inflação dando sopa e o dólar fazendo piruetas, negociar aumento salarial virou um jogo de xadrez onde todo mundo quer ser o rei.
O que tá rolando nos bastidores?
Segundo fontes que preferiram não ter o nome estampado por aí (óbvio), as reuniões têm sido "intensas, mas produtivas". Uma delas, pasmem, durou quase 8 horas! Dá pra imaginar a cena: cafezinho gelado, documento cheio de riscos e todo mundo com cara de cansaço.
- Servidores públicos na mira — saúde e educação na frente da fila
- Proposta inicial do governo: reajuste escalonado (traduzindo: parcelado)
- Sindicatos querem índice acima da inflação — e olha que ela não tá brincadeira
Numa jogada que mistura otimismo com realismo, Elmano soltou: "Temos que equilibrar as contas sem estrangular o contribuinte". Difícil, hein? Principalmente quando a conta de luz tá mais assustadora que filme de terror.
E o povo, o que acha?
Nas ruas de Fortaleza, o clima é... bem, complicado. Maria do Carmo, dona de um pequeno comércio, não esconde a preocupação: "Se subir tudo de novo, vou ter que escolher entre pagar luz ou comprar mercadoria". Já Carlos, motorista de aplicativo, foi mais direto: "Tá todo mundo segurando a respiração".
Enquanto isso, nos corredores do Palácio da Abolição, o governador insiste no mantra: "Diálogo não é fraqueza". Resta saber se os números vão fechar — e se a população vai engolir mais esse sapo tarifário.