
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do INSS se tornou o centro de uma disputa política acirrada entre governo e oposição. Com as eleições se aproximando, ambos os lados veem na investigação uma oportunidade para angariar votos e fortalecer suas narrativas.
Estratégia do governo: minimizar danos
O governo federal tem trabalhado nos bastidores para evitar que a CPI ganhe proporções maiores. A estratégia é controlar o ritmo das investigações e evitar que temas sensíveis, como a gestão da Previdência, dominem o debate público.
Segundo fontes próximas ao Planalto, a ideia é focar em soluções técnicas e evitar confrontos diretos que possam ser usados pela oposição como munição eleitoral.
Oposição busca protagonismo
Já a oposição enxerga na CPI uma chance de expor falhas na administração do INSS e vincular o governo aos problemas enfrentados pelos beneficiários. Líderes de partidos de oposição têm pressionado por depoimentos de autoridades e divulgado dados que mostram supostas irregularidades.
A meta é criar um cenário de crise que justifique a necessidade de mudança nas urnas.
Impacto nas eleições
Analistas políticos afirmam que o desfecho da CPI pode influenciar diretamente o humor do eleitorado. Se a oposição conseguir provar má gestão, o governo pode perder apoio. Por outro lado, se o Planalto conseguir neutralizar as críticas, a situação pode se inverter.
O que está claro é que a CPI do INSS deixou de ser apenas uma investigação técnica para se tornar um palco de disputa eleitoral.