O clima não está nada fácil para a direita brasileira, e Ciro Nogueira, uma das vozes mais experimentadas do Palácio do Planalto, resolveu colocar o dedo na ferida. Numa conversa franca, daquelas que a gente só tem entre quatro paredes, ele disparou: tá faltando é bom senso no meio. E olha que ele sabe do que está falando.
Não foi um comentário qualquer, jogado ao vento. O ex-ministro da Casa Civil, figura-chave no governo Bolsonaro, soltou o verbo durante um evento do PL, seu partido. O recado foi direto e, convenhamos, necessário. A fragmentação, aquele cada um por si que às vezes toma conta do espectro político, está custando caro. Ciro praticamente implorou por uma convergência de esforços. "Precisamos nos unir", ecoou, num tom que misturava alerta e cansaço.
Um Chamado à Razão
O que mais salta aos olhos na fala de Nogueira é a crítica à radicalização. Ele não usou panos quentes. Falou em "falta de bom senso" – uma expressão que diz muito com poucas palavras. Parece que todo mundo quer puxar a brasa para a sua sardinha, e o barco comum, o projeto maior, fica à deriva. É um jogo de egos onde todo mundo perde, especialmente o país.
E ele tem credencial para isso. Com uma trajetória longa na vida pública, Ciro viu de perto como as alianças bem costuradas podem fazer a diferença. Agora, olhando para o futuro, a mensagem é clara: ou a galera se entende, ou vai continuar patinando. A polarização, que já deu o que falar, precisa dar lugar ao pragmatismo. Será que alguém vai ouvir?
O Cenário Atual: Uma Torre de Babel?
- Fragmentação: Diversos grupos, cada um com sua pauta e seu líder, sem uma voz unificada.
- Disputas Internas: A velha política de picuinhas e rixas pessoais que atrapalha qualquer avanço.
- Falta de um Projeto Coeso: Dificuldade de apresentar uma alternativa clara e atraente para o eleitorado.
Nogueira, com a sagacidade de quem já navegou por águas muito turbulentas, aponta um caminho que parece óbvio, mas que ninguém quer seguir. A união. Soa quase como um clichê, mas na boca dele ganha um peso de realidade. O tempo está passando, e as oportunidades, se dissipando.
No fim das contas, a pergunta que fica é: a direita brasileira vai conseguir botar a casa em ordem? Ou vai insistir no caminho da discórdia? O aviso de Ciro Nogueira está dado. Agora, a bola está com os principais atores do cenário político. Resta saber se terão a sabedoria – ou o simples bom senso – de agir.
