
Parece que o Congresso resolveu colocar os pingos nos is — e dessa vez com cronômetro na mão. A Câmara aprovou nessa segunda (11) uma mudança que vai deixar o processo contra os deputados que ocuparam o plenário no ano passado mais rápido que entrega de iFood. Em vez de arrastar-se por meses, a tramitação agora tem prazo certo: 50 dias úteis. Tic-tac.
Não foi unanimidade, claro. Enquanto uns batem palmas para a "agilidade justiceira", outros torcem o nariz — dizem que é atropelo processual. "É como marcar cirurgia com cronômetro", resmungou um deputado que prefere não se identificar. Mas a base do governo garante: "Tem que ser rápido, mas com todo o direito à defesa".
Como vai funcionar na prática?
O novo rito é tipo fast-food jurídico:
- Primeiros 10 dias: Comissão especial analisa denúncia (e aqui já começa a polêmica — será que dá tempo mesmo?)
- Próximas 2 semanas: Deputados acusados apresentam defesa com direito a choro, gritos e documentos
- Última etapa: Votação no plenário que promete ser mais acirrada que final de campeonato regional
E olha só que ironia: os mesmos parlamentares que votaram pela mudança podem ser os próximos na fila do julgamento. A vida dá voltas, não?
Efeito dominó
Especialistas em Direito Constitucional estão divididos. "Isso aqui não é pizzaria pra pedir com urgência", dispara o jurista Carlos Dias. Já a professora Ana Lúcia defende: "O Brasil precisa virar essa página — mas sem rasgar a Constituição no processo".
Nos bastidores, o clima é de tensão. Alguns deputados já estariam remexendo em velhas gravações e mensagens — quem avisa amigo é, né? Enquanto isso, os assessores jurídicos trabalham no modo "plantão permanente".
Uma coisa é certa: Brasília vai esquentar nos próximos meses. E não é por causa do clima seco.