Bolsonaro recusa convite para almoço com embaixadores: 'Não vou mais'
Bolsonaro recusa almoço com embaixadores

Eis que o ex-presidente Jair Bolsonaro resolveu dar uma de "fino trato" — mas no sentido contrário do esperado. Nesta quinta-feira (18), o político simplesmente mandou um "não vou mais" para um convite que faria qualquer figurão babar: um almoço com embaixadores estrangeiros em Brasília.

Detalhe curioso: o evento estava marcado para o famoso restaurante Porcão, aquele onde a picanha derrete na boca e os políticos costumam derreter segredos entre um gole de vinho e outro. Mas Bolsonaro, sempre dono do próprio nariz, preferiu ficar em casa — ou onde quer que estivesse.

O que se sabe até agora

Fontes próximas ao ex-presidente contam que o convite partiu de um grupo de diplomatas, ansiosos por um papo "sem protocolos" com o polêmico ex-chefe do Executivo. Só que Bolsonaro, conhecido por suas respostas diretas (quando não polêmicas), cortou o barato com a simplicidade de quem cancela um delivery.

"Recebi o convite, mas não vou mais", disse ele, sem rodeios ou explicações elaboradas. Típico dele, não? Enquanto isso, os embaixadores devem estar se perguntando se foi algo que disseram — ou se o cardápio não agradou.

O que está por trás da recusa?

Especulações não faltam nos corredores do poder:

  • Será cautela política, considerando as investigações que cercam o ex-presidente?
  • Desinteresse por conversas diplomáticas no atual momento?
  • Ou simplesmente um dia cheio de compromissos mais urgentes?

O fato é que, em tempos normais, um almoço desses seria considerado ouro puro para qualquer político — oportunidade de fazer contatos, articular apoios internacionais, quem sabe até semear futuras alianças. Mas Bolsonaro nunca se enquadrou no que chamaríamos de "político convencional".

Enquanto isso, em Brasília, o silêncio dos embaixadores é quase palpável. Alguns devem estar revendo seus manuais de protocolo, outros talvez aliviados por evitar possíveis constrangimentos. A diplomacia, como se sabe, é a arte de esconder o que se pensa — arte que Bolsonaro nunca dominou completamente.

Resta saber se essa ausência será apenas um detalhe pitoresco ou o primeiro movimento em um jogo político mais complexo. Nas palavras de um assessor que preferiu não se identificar: "Com ele, nunca se sabe. Pode ser birra, pode ser estratégia. Só o tempo dirá".