
O ex-ministro Cid Gomes revelou em depoimento que o ex-presidente Jair Bolsonaro não demonstrava interesse em desmobilizar os acampamentos golpistas que se formaram após as eleições de 2022. Segundo Cid, Bolsonaro teria dito: "Não fui eu que chamei, não vou mandar embora", mostrando resistência em agir contra os manifestantes.
O depoimento de Cid Gomes faz parte das investigações sobre os atos antidemocráticos que ocorreram no período pós-eleitoral. Os acampamentos, organizados por apoiadores de Bolsonaro, questionavam os resultados das urnas e pediam intervenção militar.
Contexto político
Os acampamentos golpistas ganharam força após a derrota de Bolsonaro para Luiz Inácio Lula da Silva. Durante meses, manifestantes ocuparam áreas próximas a quartéis em várias cidades brasileiras, alimentando teorias de fraude eleitoral sem apresentar provas.
Fala de Cid Gomes
No depoimento, Cid Gomes destacou que Bolsonaro evitava assumir responsabilidade sobre os acampamentos, mesmo diante de pedidos de autoridades para que se posicionasse contra os atos. "Ele sempre se esquivava, como se não fosse problema dele", afirmou o ex-ministro.
O relato reforça a tese de que Bolsonaro, mesmo sem comandar diretamente os protestos, não tomou medidas efetivas para coibi-los, alimentando o clima de instabilidade política no país.