
O clima na B3, a bolsa brasileira, ficou mais pesado que arroz de festa de vó nesta quarta-feira. E não era para menos — mal o pregão abriu e já veio a bomba: uma nova operação da Polícia Federal batendo à porta do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Resultado? O Ibovespa, nosso termômetro do mercado, começou a suar frio. Caiu 1,5% em poucas horas, com investidores correndo como barata tonta para proteger seus investimentos. Quem segurava ações de bancos e construtoras deve ter sentido um frio na espinha.
O que está por trás do tombo?
Não é só a operação em si — embora essa já seja a terceira só este ano. O problema maior é o efeito dominó. Quando a poeira sobe no cenário político, o mercado financeiro vira um cavalo assustado. E olha que nem estamos falando de eleições ainda!
- Dólar subindo como pipa em dia de ventania
- Juros futuros dando sinais de nervosismo
- Setor imobiliário, sempre sensível a crises, levando uma rasteira
Um analista que preferiu não se identificar resumiu bem: "Quando o elefante político entra na sala do mercado, alguém sempre sai pisoteado". Cruel, mas verdadeiro.
E agora, José?
Os especialistas estão divididos — uns falam em "ajuste momentâneo", outros já sacam a cartela de "cenário de tempestade perfeita". O certo é que ninguém arrisca dizer que isso vai passar rápido.
Para piorar, os pequenos investidores, aqueles que entraram na onda das fintechs, estão levando a pior. Sem experiência para navegar em águas turbulentas, muitos correm o risco de tomar decisões por impulso. "Vender tudo agora pode ser pior que segurar", alerta a economista Carla Mendonça, da XP Investimentos.
Enquanto isso, no front político, a situação lembra aquela briga de família que todo mundo sabe como começa, mas ninguém sabe como termina. O Palácio do Planalto emite comunicados genéricos sobre "respeito às instituições", enquanto a oposição já aquece os motores para novos embates.
Uma coisa é certa: o Brasil não gosta mesmo de tédio. Quando não é crise econômica, é política. Quando não é política, é... Bom, você entendeu. O jeito é segurar as pontas e torcer para que o mercado recupere o fôlego — mas sem segurar a respiração.