
Não foi bem o que esperavam os estrategistas do Planalto. De repente, como um temporal que chega sem aviso no verão carioca, os números começaram a desabar. Aquele otimismo dos primeiros meses? Esfumou-se feito fumaça de churrasco em dia de vento.
Os últimos levantamentos — aqueles que os políticos leem com os olhos arregalados e as mãos suando — mostram uma curva preocupante. O que era um voo tranquilo agora parece um avião com turbulência constante. E olha que nem estamos no período das grandes tempestades políticas!
Onde o calo mais aperta
Três pontos cruciais explicam essa virada de jogo:
- A economia, claro. O pão nosso de cada dia que não para de encarecer, deixando o brasileiro com a sensação de levar um soco no estômago toda vez que passa no caixa do mercado
- O congresso, aquela panela de pressão que vive prestes a explodir. As derrotas recentes no legislativo doeram — e muito
- E a tal da comunicação, que às vezes parece mais enrolada que fio de pipa em poste
Não é que o governo esteja em queda livre — longe disso. Mas aquele gás inicial? Já era. Agora é trabalho duro para reconquistar terreno perdido.
O outro lado da moeda
Curiosamente, em meio a esse vendaval, alguns ministérios seguem navegando em maré favorável. Saúde e Educação, por exemplo, ainda mantêm índices que dariam inveja a muitos governos passados. Mas será que isso basta?
Especialistas ouvidos — aqueles que não estão nem aí para politicagem — apontam: o brasileiro médio está menos paciente. A conta chegou junto com a luz, o gás e o aluguel. E ninguém mais aceita promessas como moeda de troca.
O que vem pela frente? Bom, se depender da oposição, muita gritaria. Mas no Planalto, o clima é de ajuste de rota. Resta saber se será suficiente para acalmar os ânimos — e as pesquisas.