
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, decidiu bater o martelo: o recesso parlamentar segue firme e forte, apesar dos apelos da oposição. A turma que queria ver os trabalhos retomados antes da hora — alegando "urgência nacional" — saiu frustrada da reunião desta terça-feira.
Não é de hoje que essa briga esquenta os corredores do Congresso. De um lado, a oposição, que não engole a ideia de deixar a casa parada por tanto tempo — ainda mais com tantas pautas emperradas. Do outro, Alcolumbre, que parece ter encontrado no regimento interno seu melhor aliado.
O jogo político por trás da decisão
O que muita gente não percebe é que essa história vai muito além de uma simples discussão sobre calendário. Tem cheiro de jogo de poder — e dos pesados. Alguns deputados chegaram a insinuar que o adiamento beneficiaria certos grupos políticos, mas Alcolumbre cortou o barato rápido: "Não há margem para antecipação", declarou, secamente.
E não é que ele tem razão, pelo menos no papel? O regimento é claro como água: recesso até 1º de fevereiro, ponto final. Mas será que sempre foi assim? Duvido. Política tem dessas — as regras mudam conforme o vento sopra.
E agora, José?
Enquanto isso, lá fora, a população se pergunta: "Cadê meus representantes?" Com o Congresso em modo soneca, projetos importantes ficam na geladeira. Reforma tributária? Previdenciária? Tudo empacado. Até quando? Bom, pelo visto, até o carnaval passar — porque no Brasil, até a política tem seu ritmo de samba.
O que me faz pensar: será que algum dia teremos um recesso que realmente faça sentido para o país, e não apenas para os políticos? Fica aí a pergunta que não quer calar.