
O ex-presidente do Senado, Davi Alcolumbre, se posicionou contra a implementação de cotas para mulheres na política durante um evento em Brasília. Ele argumentou que a medida pode ser ineficaz e defendeu a adoção de outros mecanismos para ampliar a representatividade feminina.
"As cotas não são a solução. Precisamos de políticas que incentivem a participação das mulheres de forma orgânica, com capacitação e apoio financeiro", afirmou Alcolumbre.
Alternativas propostas
Entre as sugestões apresentadas pelo político estão:
- Programas de mentoria para candidatas;
- Financiamento público exclusivo para campanhas femininas;
- Capacitação em oratória e estratégia política.
Alcolumbre destacou que, embora o Brasil tenha avançado na igualdade de gênero, a política ainda é um ambiente predominantemente masculino. "Precisamos mudar essa cultura, mas com medidas concretas que realmente funcionem", completou.
Dados sobre participação feminina
Segundo dados do TSE, as mulheres representam apenas 15% dos cargos eletivos no país, um número que vem crescendo lentamente nas últimas eleições. Especialistas apontam que a subrepresentação feminina é um problema estrutural que vai além das cotas.
O debate sobre o tema deve continuar nos próximos meses, com a proximidade das eleições municipais. Enquanto alguns defendem as cotas como medida emergencial, outros, como Alcolumbre, acreditam em soluções alternativas.