Alckmin revela: prioridade do Brasil com EUA não é retaliação, mas parceria estratégica
Alckmin: foco com EUA é parceria, não retaliação

Numa conversa que deixou muitos de queixo caído, o vice-presidente Geraldo Alckmin soltou o verbo sobre os rumos das relações entre Brasil e Estados Unidos. E adivinha só? Retaliação nem passa perto do radar.

"Tá todo mundo pensando que vamos partir pra briga, mas esquecem que temos muito mais a ganhar trabalhando juntos", disparou Alckmin, com aquela cara de quem já viu muita coisa nessa vida política. O tom? Mais para um papo de parceiros de longa data do que para rivais em campo.

O que realmente importa

Segundo o vice, o governo federal está de olho em três pilares essenciais:

  • Comércio bilateral - Aquele negócio de "quem não troca, não ganha"
  • Transferência de tecnologia - Porque reinventar a roda? Melhor pegar carona no que já funciona
  • Cooperação ambiental - Afinal, o planeta é só um, e não tem plano B

"Tem gente que acha que diplomacia é jogo de xadrez, mas na real é mais como dança de salão", filosofou Alckmin, soltando uma daquelas analogias que só políticos experientes conseguem emplacar.

Os números que falam por si

Enquanto isso, nos bastidores, os técnicos do Itamaraty trabalham a todo vapor. Só no primeiro trimestre, o fluxo comercial entre os dois países subiu como foguete no dia de São João - uns 15% acima do esperado. E olha que nem começaram direito as negociações sobre os novos acordos setoriais.

"Quando a gente para de ficar se estranhando e começa a cooperar, os resultados aparecem", comentou uma fonte próxima ao Palácio do Planalto, pedindo anonimato - porque, convenhamos, nesse meio todo mundo gosta de dar pitaco, mas poucos assumem.

E os elefantes na sala?

Claro que tem seus perrengues. As diferenças em políticas ambientais ainda dão um nó na cabeça dos negociadores. E aquela história toda de subsídios agrícolas? Melhor nem começar, porque aí é briga pra mais de metro.

Mas o que chamou atenção foi o tom otimista do vice-presidente: "Toda relação tem seus altos e baixos. O importante é não deixar os desentendimentos ofuscarem as oportunidades". Frase pronta? Talvez. Mas dita com uma convicção que faz até o mais cético balançar a cabeça em sinal de concordância.

Enquanto isso, nos corredores do poder, o clima é de quem finalmente entendeu que, no xadrez global, Brasil e EUA têm muito mais a ganhar como aliados do que como adversários. Resta saber se essa sintonia vai pegar no Congresso - mas aí já é outra história, e das boas.