
Numa fala que misturou diplomacia e firmeza, o vice-presidente Geraldo Alckmin deixou claro que o Brasil não vai ficar de braços cruzados esperando os Estados Unidos decidirem o futuro das tarifas comerciais entre os dois países. "Cobramos uma resposta", afirmou, sem rodeios, durante coletiva em Brasília.
O tom foi direto — coisa rara em discussões que costumam ser cheias de meias-palavras. Segundo Alckmin, as negociações estão avançadas, mas falta um passo decisivo de Washington. E o tempo? Está virando um problema. Afinal, o setor produtivo brasileiro não pode ficar nesse limbo indefinidamente.
O que está em jogo?
Não se engane: isso vai muito além de números em planilhas. A briga envolve setores estratégicos, como:
- Aço
- Etanol
- Produtos agrícolas
E olha só a ironia: enquanto o governo americano arrasta os pés, empresas dos dois lados já estão remando contra a maré de incertezas. Algumas, inclusive, começaram a ajustar contratos "no chute" — como diria um executivo anônimo que preferiu não ter o nome envolvido nessa história.
E agora?
Alckmin evitou dar prazos, mas deixou escapar que "o Brasil tem alternativas". O que isso significa? Bom, ninguém no Planalto confirmou, mas correm rumores de que outros mercados — China à frente — estão na mira caso os EUA continuem nesse vai-e-vem.
Uma coisa é certa: se antes o clima era de expectativa, agora parece mais com aquela sensação de quem espera uma ligação que nunca vem. E ninguém gosta de ficar no vácuo, ainda mais quando bilhões de dólares estão em jogo.