
Numa jogada que deixou muita gente de cabelo em pé, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, saiu em defesa dos vetos presidenciais ao polêmico projeto que mexeria com as regras do licenciamento ambiental no país. E olha que o assunto tá pegando fogo — literal e figurativamente.
"A economia não pode ser inimiga da natureza", disparou a ministra, com aquela cara de quem já viu essa briga antes. Segundo ela, os vetos de Lula garantiram o "mínimo necessário" pra não virar uma farra de destruição disfarçada de progresso.
O que foi cortado?
Dos 14 vetos, alguns eram bombas-relógio:
- O famigerado "licenciamento automático" — aquela ideia maluca de aprovar obras sem nem olhar direito
- As brechas pra regularizar crimes ambientais do passado (sim, queriam passar pano pra desmatador)
- As facilidades pra mineração em áreas sensíveis (como se a Amazônia já não sofresse o suficiente)
Marina, com sua experiência de quem já lutou contra madeireiro na raça, foi taxativa: "Não dá pra fingir que desenvolvimento e preservação são inimigos. Ou a gente aprende a dançar juntos, ou todos caímos".
E agora?
O Congresso pode derrubar os vetos? Pode. Vai ser fácil? Nem pensar. A bancada ruralista tá com os nervos à flor da pele, mas a pressão internacional — e a própria consciência — pesam contra.
Enquanto isso, nos bastidores, o governo tenta costurar um acordo que não vire piada pronta pra próxima COP. Porque convenhamos: depois do que aconteceu nos últimos anos, o Brasil não pode se dar ao luxo de errar de novo.
Como diria um velho seringueiro do Acre: "Quando a água bate na bunda, até político lembra de ecologia". E parece que a maré tá mesmo subindo.