
Numa jogada que deixou muita gente de cabelo em pé, o presidente Lula decidiu riscar mais de 60 dispositivos do projeto que pretendia mudar as regras do licenciamento ambiental no país. E olha que não foi pouco — a canetada atingiu desde artigos sobre prazos até critérios para obras consideradas estratégicas.
Pra quem não tá ligado no assunto (e convenhamos, ambientalismo nunca foi o tema mais sexy do noticiário), essa briga toda gira em torno de um equilíbrio frágil. De um lado, a galera do "desenvolver pra crescer"; do outro, os ecochatos — ops, digo, os defensores do meio ambiente.
O que foi pro espaço?
Entre os itens vetados, alguns davam até arrepio:
- Regras que facilitariam licenças para setores como mineração e agronegócio
- Prazos automáticos para aprovação de projetos
- Isenções para certos tipos de obra
Não é que o velho Lula tá fazendo cosplay de Greta Thunberg — longe disso. Mas parece que o governo resolveu puxar a rédea antes que o cavalo desembestasse de vez. Até porque, vamos combinar, o Brasil já tem fama que chega lá fora quando o assunto é desmatamento...
E agora, José?
O setor produtivo tá com a pulga atrás da orelha. "Isso vai travar investimentos", reclamam uns. Já os ambientalistas respiram aliviados — mas só até a próxima rodada dessa novela que parece não ter fim.
Ah, detalhe: o Congresso pode derrubar os vetos. Aí a bola volta pra quadra do Planalto, e a gente fica nesse pingue-pongue até alguém cansar. Enquanto isso, o meio ambiente fica ali, no meio do fogo cruzado, torcendo pra não virar cinza.
Pra quem acha que política ambiental é chata, tá aí a prova de que pode ser mais dramático que novela das oito. Só que, nesse caso, o final feliz ainda tá longe de ser garantido.