
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um alerta contundente durante a COP28: o mundo precisa de uma mobilização financeira global na casa dos trilhões de dólares para combater as mudanças climáticas e evitar o que chamou de 'apartheid climático'.
Em discurso no evento climático, Lula destacou que 'a crise ambiental pode aprofundar ainda mais as desigualdades entre países ricos e pobres', criando uma nova forma de segregação baseada no acesso a recursos para adaptação climática.
Proposta ambiciosa
O líder brasileiro propôs três pilares fundamentais para a ação climática global:
- Criação de um fundo internacional de pelo menos US$ 100 bilhões/ano para países em desenvolvimento
- Reforma das instituições financeiras multilaterais para priorizar projetos sustentáveis
- Mecanismos inovadores de financiamento, como taxação sobre grandes fortunas e setores poluidores
Brasil como protagonista
Lula reafirmou o compromisso do Brasil com a agenda ambiental, destacando:
- Redução de 48% nas emissões até 2025
- Desmatamento zero até 2030
- Expansão da matriz energética renovável
O presidente criticou os países desenvolvidos por não cumprirem suas promessas de financiamento climático e alertou que 'o tempo das desculpas acabou'.
Impactos sociais da crise climática
Em seu discurso mais contundente, Lula destacou como as populações mais pobres serão as mais afetadas:
- Aumento da fome devido a secas e enchentes
- Migrações climáticas em massa
- Conflitos por recursos naturais escassos
A proposta brasileira foi recebida com apoio de nações africanas e pequenos países insulares, mas enfrenta resistência de economias desenvolvidas.