Eis que a Câmara dos Deputados resolveu cutucar a onça com vara curta. Nesta quarta, aprovou aquele projeto que tá dando o que falar — o PL 3729/2004 —, e olha, a coisa tá feia pra natureza. Na teoria, era pra "agilizar" o licenciamento ambiental. Na prática? Um atalho e tanto pra destruição, segundo os ambientalistas.
O plenário tava parecido aqueles filmes de faroeste: 300 votos a favor, 122 contra. A bancada ruralista comemorando como se tivesse feito gol em final de campeonato, enquanto o pessoal do meio ambiente chutava o balde (com razão, diga-se).
O que muda na marra?
Resumindo a ópera:
- Obra pública vira "caso de polícia" só em situações extremas
- Atividades agrícolas? Tá liberado quase tudo, como se plantação não impactasse o solo
- Licença única pra quem tem "baixo impacto" — e adivinha quem define isso?
Não é à toa que tão chamando de "PL da Boiada". Parece aquela história de jogar a culpa no vento quando a casa cai.
Do outro lado da moeda
Os defensores — sim, eles existem — argumentam que o Brasil precisa "desburocratizar" pra crescer. "São 20 anos esperando licença pra plantar um pé de alface", diz um deputado que prefere não lembrar que alface não costuma derrubar floresta.
Mas será que desenvolvimento tem que rimar com devastação? Pergunta que não quer calar...
Enquanto isso, nas redes sociais, a briga tá mais acirrada que Fla-Flu. De um lado, os "progressistas" comemorando menos papelada. Do outro, cientistas mostrando dados de desmatamento que dariam um filme de terror.
E você, no meio disso tudo: achando que sustentabilidade era consenso em 2023. Ledo engano.
