
Parece que o barco já fazia água há tempos, mas ninguém quis consertar os vazamentos. Documentos obtidos pelo G1 revelam que o Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJ-ES) bateu na porta do Ministério Público estadual para avisar sobre problemas estruturais em uma promotoria — e isso não foi ontem.
Os papéis, que circulam entre gabinetes desde o primeiro trimestre deste ano, mostram uma situação que beira o absurdo: enquanto cidadãos esperam respostas, a máquina judicial parece emperrada por falhas que poderiam ter sido resolvidas.
O que dizem os documentos?
Numa linguagem técnica — mas com um tom que quase transborda frustração —, os memorandos do TJ-ES apontam:
- Falta de estrutura física adequada (sim, estamos falando até de problemas na rede elétrica)
- Demora excessiva em processos que deveriam ter andamento célere
- Falhas na comunicação entre setores, criando um efeito dominó de atrasos
"É como se tivéssemos um carro de fórmula 1 com motor de fusca", comentou um servidor que preferiu não se identificar. "Todo mundo vê o problema, mas fingem que não é com eles."
E o Ministério Público?
Ah, essa é a parte que dói. Pelos documentos, o MP recebeu os alertas, mas a resposta prática foi... bem, vamos dizer que não foi exatamente o que se esperaria. Enquanto isso, processos acumulam, prazos vencem e — adivinhe — quem se ferra é o cidadão comum.
Procurada, a assessoria do MP-ES limitou-se a dizer que "todos os procedimentos estão sendo analisados com a devida atenção". Traduzindo para o português claro: "A gente viu, mas não vamos dar satisfação agora".
E você, acha que esse tipo de situação é apenas mais um caso isolado ou sintoma de um problema maior na Justiça brasileira? Difícil engolir que, em pleno 2025, ainda precisemos lidar com problemas tão básicos, não é mesmo?