
Imagine perder um ente querido e ainda ter que enfrentar uma papelada sem fim para poder enterrá-lo? Pois é, essa era a realidade absurda em um município catarinense — até agora.
Numa decisão que tá dando o que falar, a Justiça suspendeu de vez aquelas exigências mirabolantes que travavam o funcionamento dos cemitérios locais. Tá certo que ninguém gosta de falar sobre isso, mas quando a burocracia atrapalha até o luto, a coisa fica feia.
O cerne da confusão
Tudo começou quando a prefeitura resolveu inventar moda — queriam laudos técnicos, projetos arquitetônicos e sabe-se lá mais o quê só para liberar um terreno sagrado. "Tá de brincadeira, né?", deve ter pensado mais de um morador ao se deparar com essa lista de requisições.
O juiz, num momento de lucidez, esculhambou a medida: "Isso aqui tá mais pra obstrução do que pra regulamentação". E não é que ele tinha razão? Enquanto os documentos ficavam empilhados em alguma mesa, as famílias ficavam sem poder se despedir direito de quem partiu.
E agora, José?
A decisão é liminar — ou seja, pode mudar ainda. A prefeitura já deu a entender que não vai engolir essa seco e talvez tente reverter a situação. Enquanto isso, os coveiros podem voltar a trabalhar sem ter que virar arquitetos de última hora.
Moradores tão divididos: uns acham que a Justiça fez o mínimo, outros temem que sem regras, a bagunça vai reinar. "Cadê o meio-termo?", pergunta uma senhora que prefere não se identificar. Difícil responder...
Uma coisa é certa: essa história vai dar pano pra manga. E no meio disso tudo, quem sofre são justamente os que já tão sofrendo pela perda. Será que algum dia a gente aprende a ser mais humano com o humano?