
Eis que a Justiça resolveu meter a colher — e com razão — numa treta que tá dando o que falar em Campinas. O Conselho de Defesa do Patrimônio Estadual (Condephaat) foi acionado pra dar seu parecer sobre aquelas grades que cercam o Centro de Convivência Cultural. E olha, não é só um probleminha de estética não.
Pra quem não sabe, o prédio é um marco arquitetônico dos anos 70, cheio de histórias e memórias. Mas essas grades... bom, parece que alguém resolveu colocar um cadeado na liberdade sem perguntar pra ninguém. O juiz mandou o Conselho botar a lupa no caso, e agora a galera tá dividida: será que é proteção ou prisão?
O pulo do gato jurídico
O que muita gente não sacou é que a decisão veio depois de um pedido do Ministério Público — e não foi de brincadeira. Eles alegam que as alterações podem ter ferido a lei de tombamento. E quando o MP fala, melhor escutar, né?
Enquanto isso, os técnicos do Condephaat tão com a faca e o queijo na mão. Vão ter que decidir se:
- As grades são necessárias pra segurança
- Se ferem o visual original do projeto
- Ou se foi mais uma daquelas "melhorias" que ninguém pediu
E olha, não vai ser fácil. O lugar já passou por tantas reformas que tá difícil saber qual era a cara original. Dá até saudade daqueles tempos em que arquitetura era levada a sério, sem essas gambiarras modernas.
E o povo, o que acha?
Passei pela região outro dia e resolvi perguntar. Tem quem defenda: "Melhor fechado do que depredado", diz um senhor que frequenta o local desde os anos 80. Mas a moçada mais jovem acha que virou uma "gaiola de concreto".
— Parece que tão com medo da própria cultura — soltou uma estudante de arquitetura, enquanto fotografava os detalhes das grades com cara de poucos amigos.
O fato é que a briga judicial promete — e como! Enquanto isso, o Centro de Convivência segue com seu visual meio "prisão de segurança mínima", esperando o veredito dos especialistas. Será que vão mandar tirar tudo? Ou será que vão deixar como está e botar um aviso: "Cuidado, patrimônio em processo"?