Eis que a Justiça Eleitoral resolveu dar um basta na farra. Numa decisão que pegou muitos de surpresa - mas que, convenhamos, não deveria - três vereadores de Rifaina, no interior de São Paulo, tiveram seus mandatos cassados. O motivo? Fraude descarada em convenção partidária.
Segundo os autos do processo, os parlamentares - cujos nomes a gente até poderia citar, mas pra que dar ibope? - cometeram um daqueles erros crassos: falsificaram assinaturas no documento de convenção. Tipo aquela cola que o aluno acha que o professor não vai perceber, só que em escala política.
O que deu errado
Detalhes do caso mostram que:
- Mais de 30 assinaturas foram fraudadas
- Alguns "signatários" nem sabiam que estavam na lista
- Documentos apresentavam irregularidades gritantes
Não é de hoje que a política em cidades pequenas vive dessas artimanhas. Mas desta vez, a coisa pegou feio. O TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral) não só cassou os mandatos como ainda impôs multas pesadas - coisa de deixar qualquer político com o bolso dolorido.
E agora, Rifaina?
Com a decisão, a Câmara Municipal vai ficar com cadeiras vazias. E aí vem a pergunta que não quer calar: quem assume no lugar dos cassados? Pelas regras eleitorais, os suplentes mais votados da mesma coligação deveriam tomar posse. Mas tem um detalhe... alguns desses suplentes também estavam envolvidos na mesma falcatrua.
"É o circo pegando fogo", comentou um morador que preferiu não se identificar. E não é pra menos. A cidade, conhecida pelas águas termais e pelo turismo rural, agora vira manchete por conta de politicagem da pior espécie.
O caso serve de alerta. Num momento em que a credibilidade da política está no chão, atitudes como essas só jogam mais lenha na fogueira da desconfiança popular. Resta saber se os eleitores de Rifaina vão lembrar dessa lambança nas próximas urnas.
