
Eis que a justiça piauiense acabou de dar uma verdadeira lição de casa na política local. O Tribunal de Justiça do Piauí – sim, aquele mesmo que muita gente só lembra quando o assunto é problema – mandou cassar os mandatos de praticamente metade da Câmara de Vereadores de Cajueiro da Praia. E o motivo? Uma fraude descarada às regras eleitorais.
Parece piada, mas não é. Cinco vereadores simplesmente acharam que podiam dar uma volta na lei que garante a cota de gênero nas eleições. A estratégia? Registrar candidatas laranjas só para preencher a cota mínima de 30% de mulheres, mas na prática… Bem, na prática era puro teatro.
O jogo sujo que deu errado
O que esses políticos não contavam era que a justiça eleitoral tem dormido com um olho aberto. E detalhe: as tais candidatas registradas não fizeram campanha, não receberam votos significativos e – pasmem – algumas nem sabiam que estavam concorrendo! É de cair o queixo, não?
O ministério público, claro, não ficou quieto. Moveu uma ação alegando que a fraude foi tão óbvia que até uma criança perceberia. E o TJ-PI, numa decisão unânime, concordou. Os votos dessas candidatas laranjas foram anulados, e aí… Bem, a matemática eleitoral ficou toda bagunçada.
E agora, o que acontece?
Com a cassação dos cinco vereadores – todos do mesmo grupo político, diga-se – a Câmara Municipal praticamente virou um quebra-cabeça com peças faltando. Os suplentes assumirão, mas a pergunta que fica é: será que aprendem a lição?
Ah, e tem mais! A decisão do TJ-PI não foi unânime à toa. Os desembargadores deixaram claro que fraudar a cota de gênero é como cuspir no prato que comeu. A lei existe justamente para garantir que as mulheres tenham espaço na política – algo que, convenhamos, já deveria ser óbvio em 2025.
O recado que ficou
Essa história toda me faz pensar: será que alguns políticos ainda vivem nos anos 50? A cota de gênero não é favor, é direito. E tentar burlar isso é não só imoral como ilegal. O pior é que não é caso isolado – só que dessa vez deu errado.
O que acontece agora com Cajueiro da Praia? Bom, os suplentes assumem e a vida segue. Mas a esperança é que essa cassação sirva de exemplo para outros municípios onde ainda se acha que a lei é sugestão. A política precisa de mulheres de verdade, não de fantasmas registrados só para preencher requisito.
E você, o que acha? Comenta aí nas redes – porque depois dessa, o debate sobre representatividade feminina na política certamente vai esquentar!