
O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) se transformou no palco principal de um drama jurídico que captura a atenção do país. Onze réus, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, enfrentam acusações gravíssimas. Mas quem são as pessoas encarregadas de conduzir suas defesas? A pergunta ecoa nos corredores do poder e nas redes sociais.
À frente da defesa do ex-presidente, está o experiente criminalista Paulo Bueno. Não é seu primeiro caso de grande repercussão, longe disso. Ele já atuou em casos que pareciam saídos de um roteiro de cinema – e agora pega talvez o mais complexo de todos. A estratégia? Ele mantém um silêncio quase absoluto, jogando com a imprensa e deixando todos a imaginar seu próximo movimento.
O Time da Defesa: Um Quebra-Cabeça Jurídico
Bolsonaro não está sozinho nessa. Seu ex-auxiliar e também réu, Mauro Cid, conta com a astúcia de Cezar Bitencourt. Bitencourt é daqueles advogados que fala pouco, mas quando fala, every word counts. Ele já sinalizou que a delação premiada de Cid é peça-chave, um trunfo que pode virar o jogo.
E o general Augusto Heleno? Sua defesa está nas mãos de Fernando Oliveira, que não poupa críticas ao processo. Ele alega, com veemência, que seu cliente sequer teve acesso a elementos cruciais da acusação. Uma defesa agressiva, como era de se esperar.
- Filipe Martins: Defendido por Rodrigo Rocha. Um nome menos badalado, mas igualmente crucial no quebra-cabeça.
- Walter Braga Netto: Sob a batuta de Pedro Gasparian Neto, um estrategista meticuloso.
- Paulo Sérgio Nogueira: Com Fabio Silveira Bueno no comando, prometendo revirar cada pedra.
- Almir Garnier Santos: Tadeu Berwanger assume a tarefa, conhecido por sua postura firme.
- Marcelo Câmara: Representado por João Diogo Blasi, um jovem mas determinado.
- Alessandro Moretti: Com Fabio Figueiredo, que já enfrentou tribunais antes.
- Rafael Martins: A defesa fica com Paulo Mello, preparado para uma batalha longa.
- Allan dos Santos: O blogueiro conta com a ferrenha defesa de Paulo Renato, que já declarou guerra à acusação.
O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, deu um prazo curto e gordo – até esta quarta-feira (3) – para que as defesas apresentem suas alegações finais. A tensão é palpável. O que eles vão argumentar? Quais cartas ainda têm na manga?
Um Processo que Vai Além dos Tribunais
Este não é apenas mais um processo na fila interminável da Justiça brasileira. É, nas palavras de muitos, um divisor de águas. As acusações de tentativa de golpe de Estado e associação criminosa são pesadas como chumbo. O resultado desse julgamento não apenas definirá o futuro dos réus, mas potencialmente reconfigurará todo o cenário político nacional.
Os olhos do país estão voltados para o STF. A expectativa é tão alta que quase dá para tocar. Cada movimento, cada petição, cada fala será dissecada ao extremo. Os advogados sabem disso. Eles não defendem apenas nomes; defendem narrativas, ideologias e, de certa forma, um capítulo conturbado da nossa história.
O que vem a seguir? Só o tempo – e a sagacidade desses profissionais – dirá. Uma coisa é certa: o Brasil não vai parar para assistir.