PT Dobra a Aposta e Adere a Protesto Contra a PEC da Blindagem: Crise Institucional se Acentua
PT adere a protesto contra PEC da Blindagem no Congresso

Eis que o jogo político em Brasília deu mais uma volta inesperada. O Partido dos Trabalhadores, depois de muita deliberação interna — daquelas que rendem horas de discussão acalorada —, resolveu mudar completamente de tática. A ordem agora é botar o bloco na rua. Sim, o mesmo partido que até então preferia as negociações de bastidores decidiu abraçar com unhas e dentes o ato público marcado para esta terça-feira contra a famosa (ou infame) PEC da Blindagem.

Não foi uma decisão simples, longe disso. Rolaram horas de conversa, muita análise de cenário e, claro, aquele cálculo político que nunca falta. A conclusão? Que a canetada não tava surtindo efeito. O recado ao Congresso precisava ser mais alto, mais visível, impossível de ser ignorado. A bancada do PT, convenhamos, não tá nada feliz com a possibilidade de ver aprovada uma proposta que, na visão deles, basicamente dá carta branca para um gasto público sem freios.

Uma Jogada de Risco Calculado

Essa mudança de postura não veio do nada. A liderança partidária, após perceber que os apelos formais estavam caindo no vazio — quem já não viu isso acontecer? —, entendeu que era hora de radicalizar. Mas uma radicalização estratégica, entenda bem. Não se trata apenas de protestar; trata-se de criar um fato político, um espetáculo de insatisfação que obrigue a imprensa e a opinião pública a olharem para o que está prestes a ser votado.

O ato, que promete aglomerar sindicatos, movimentos sociais e agora a máquina partidária petista, é a materialização de um descontentamento que vem fermentando há semanas. A tal PEC, que na teoria blindaria certas despesas, na prática é vista por seus críticos como um cheque em branco para o descontrole fiscal. E o PT, agora, posiciona-se como a grande trincheira de oposição a isso.

O que Esperar dos Próximos Capítulos?

O clima no Congresso Nacional, já não dos melhores, deve ficar ainda mais eletrizante. A adesão do PT ao protesto joga gasolina na fogueira de uma relação já conturbada com o centro e a direita. É um movimento que pode tanto galvanizar a oposição à proposta quanto solidificar a resistência daqueles que a apoiam. Uma aposta de alto risco.

Uma coisa é certa: a política brasileira nunca é entediante. Enquanto uns veem na rua a última instância da democracia, outros enxergam mero teatro político. O fato é que, nesta terça-feira, o cenário será de confronto. E o resultado disso ninguém — nem o mais experiente dos analistas — pode prever com exatidão. Resta-nos aguardar, e observar.