PSOL na Câmara: Partido pede prisão de foragidos do 8 de Janeiro em audiência conturbada
PSOL pede prisão de foragidos do 8 de janeiro na Câmara

O clima esquentou de verdade na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira. E não foi pouco. Num daqueles debates que misturam drama político e tensão judicial, o PSOL decidiu cutucar a onça com vara curta — e fez um pedido que ecoou pelos corredores do Congresso.

Pressionaram, e muito, pela prisão imediata dos investigados pelos ataques de 8 de janeiro que ainda estão foragidos. A situação, que já era quente, ficou ainda mais complicada quando parlamentares governistas e de oposição começaram a trocar farpas. Nada de novo sob o sol de Brasília, mas dessa vez o tom estava mais ácido.

Do outro lado, alguns deputados da oposição não gostaram nem um pouco do tom da discussão. Acusaram o PSOL e aliados de estarem promovendo um "espetáculo midiático" em vez de um debate sério. Como se já não bastasse a polarização de sempre, o assunto dos foragidos do 8 de janeiro parece ser um verdadeiro campo minado.

O que realmente aconteceu na comissão?

A discussão rolou solta durante uma audiência pública na Comissão de Direitos Humanos da Casa. Sabe como é — esses eventos às vezes pegam fogo quando menos se espera. E desta vez, de fato, pegou.

Representantes do PSOL, armados de documentos e argumentos, subiram à tribuna para cobrar providências. E não quaisquer providências: queriam respostas concretas sobre por que tantos envolvidos nos ataques ao Congresso ainda estão soltos, sem responder judicialmente pelos atos.

Não foi um pedidinho educado não. Foi quase um ultimato. A impressão que ficou? De que a paciência está se esgotando — e rápido.

E a reação? Previsível, mas intensa

Do lado governista, a resposta não demorou. Vieram críticas sobre suposto "ativismo judicial" e uso político da tragédia de janeiro. Discurso pronto? Talvez. Mas eficiente em acirrar os ânimos, com certeza.

Já a oposição — essa então — nem se conteve. Classificou o pedido do PSOL como "palhaçada" e "teatro para as câmeras". Numa dessas rusgas, um deputado chegou a dizer, entre dentes, que alguns parecem mais preocupados com a plateia do que com a solução.

E no meio disso tudo, os foragidos? Continuam… foragidos. A ironia não poderia ser mais dura.

O que esperar agora?

Bom, se você acha que isso vai morrer aqui, talvez se engane. O PSOL já sinalizou que não vai deixar barato. Prometeu levar o caso adiante, pressionar ministérios, talvez até recorrer a instâncias internacionais. Jogo duro mesmo.

Enquanto isso, Brasília segue seu ritmo. Entre um cafezinho e outro, os bastidores falam mais alto: ninguém quer passar vergonha, mas também ninguém quer ceder. O impasse, ao que parece, veio para ficar.

E os foragidos? Ah, esses seguem como fantasmas — lembrados sempre que a política aquece, mas esquecidos quando o debate esfria. Até quando? Essa é a pergunta que ninguém parece disposto a responder.