
Numa guinada que pegou muita gente de surpresa – até mesmo aliados mais próximos –, o deputado Marinho soltou o verbo nesta quarta-feira sobre um tema que está tirando o sono de milhares de servidores públicos. E a fala foi direta, sem rodeios: para ele, a única saída real para destravar a votação do projeto que acaba com a famigerada escala 6 por 1 é a pressão vinda das ruas.
Não é de hoje que esse assunto cria um clima pesado no Congresso. A tal escala, que basicamente força funcionários a trabalharem seis dias para ter apenas um de folga, virou uma espinha dorsal no governo. Enquanto uns defendem sua revogação a qualquer custo, outros… bem, outros arrastam os pés com uma maestria digna de campeonato.
E o que o Marinho propõe? Algo que lembra os velhos tempos de mobilização social. Ele praticamente convocou a população a sair da zona de conforto e cobrar seus representantes. "Não adianta ficar só reclamando nas redes sociais", disparou, com aquele tom de quem já viu a ficha cair. "Se a gente quer mesmo mudar essa situação, tem que botar o pé na estrada e fazer os parlamentares sentirem o calor."
O Jogo Político e a Estratégia de Pressão
O que muita gente não percebe é o jogo de xadrez que rola por trás das portas fechadas. Há uma resistência ferrenha de certos setores – que, convenhamos, não são exatamente transparentes sobre seus motivos – em aprovar o fim dessa escala. Marinho, no entanto, parece ter perdido a paciência com as manobras dilatórias.
Ele deixa claro: a mobilização não é um convite para baderna, mas um chamado à ação democrática. "É sobre mostrar que a sociedade está de olho. Que a gente não vai engolir mais demora", explicou, com uma convicção que raramente se vê em discursos políticos recentes.
- Pressão Direta: Contatar deputados e senadores por telefone, e-mail e redes sociais.
- Visibilidade: Organizar atos pacíficos em frente ao Congresso Nacional.
- Articulação: Unir sindicatos, associações e a população geral em torno da causa.
E o timing? Crítico. Com a pauta do Congresso cada vez mais congestionada, deixar para a próxima semana pode significar enterrar o projeto de vez. A sensação que fica é a de um 'agora ou nunca'.
E Agora, José?
A pergunta que não quer calar: será que a população vai mesmo abraçar essa causa? Marinho aposta que sim. Ele acredita que o desgaste da escala 6 por 1 já ultrapassou os limites do razoável, afetando não só os servidores, mas suas famílias e, por tabela, a qualidade dos serviços prestados à população.
Restam dúvidas, é claro. Sempre restam. Mas uma coisa é certa: ao lançar essa ideia de mobilização, o deputado jogou uma bomba no tabuleiro político. Agora, é esperar para ver quem vai pegar a luva – ou quem vai correr para se esconder.
O recado está dado. E, pelo visto, a bola agora está com a sociedade.