Eis que a poeira ainda não baixou — e já surge uma revelação que promete agitar ainda mais os corredores do poder. Marcio Macedo, até então ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, soltou o verbo nesta sexta-feira e confessou algo que pegou muitos de surpresa: o presidente da República simplesmente nunca abordou com ele a possibilidade de sua saída do cargo.
Não foi um papo de corredor, não houve aquela conversa difícil que se espera nesses momentos. Nada. Segundo Macedo, a notícia veio como um raio em céu azul, deixando claro que a comunicação entre os dois andava — como se diz por aí — mais truncada do que se imaginava.
O silêncio que fala mais alto
O ex-ministro não poupou detalhes ao descrever a situação. "A gente se via, conversava sobre outros temas, mas esse assunto específico... jamais foi mencionado", afirmou, com um tom que misturava decepção e certa incredulidade. Parece que, no jogo político, algumas cartas são jogadas sem que todos à mesa saibam das regras.
E olha que a coisa não para por aí. Macedo deixou transparecer que ficou sabendo dos rumores sobre sua cabeça pelos jornais — sim, aquela velha história de ser o último a saber. Uma situação no mínimo constrangedora para alguém que ocupava uma posição de tanta confiança.
Os bastidores de uma saída anunciada... mas não conversada
O que mais chama atenção nesse episódio todo é a forma como as coisas foram conduzidas. Num governo que prega o diálogo e a transparência, a falta de uma conversa franca sobre algo tão crucial soa, no mínimo, paradoxal. Será que os fios da comunicação se embaraçaram nos corredores do Planalto?
Macedo, conhecido por sua postura discreta mas firme, parece ter levado a situação com uma dignidade que muitos no seu lugar não teriam. No entanto, suas palavras carregam um subtexto claro: há uma certa mágoa pela maneira como tudo foi conduzido.
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Como bem lembrou um analista político que preferiu não se identificar, "quando um ministro deixa o governo sem que haja uma conversa prévia com o presidente, isso nunca é um bom sinal — indica que os canais de comunicação estão mais obstruídos do que um ralo em dia de chuva forte".
Resta agora aguardar os desdobramentos. Será que o presidente se manifestará sobre o assunto? E como ficam as relações dentro da base aliada após esse episódio? Perguntas que, por enquanto, ficam no ar — assim como o mal-estar que a situação criou.
