
O Planalto está jogando uma partida de xadrez de alto nível, e a peça principal neste momento é o ministro do Turismo, Celso Sabino. A situação, francamente, é daquelas que dão nó na cabeça de qualquer analista político. O que está claro é que o presidente Lula, num cálculo pragmático – daqueles que só quem tem anos de estrada consegue fazer –, topou uma solução de curto prazo para evitar um desgaste maior agora.
Mas calma, não é tão simples quanto parece. A ideia de uma "sobrevida" para Sabino, aceita pelo Palácio do Planalto, funciona mais ou menos como um remendo temporário num pneu furado. A pressão da bancada do União Brasil, que ameaçava criar caso se o ministro caísse, pesou – e muito. Lula, sempre hábil na arte da negociação, parece ter concluído que é melhor segurar a onda enquanto não aparece um nome que agrade a todo mundo. E aí é que está o pulo do gato.
O Nome por Trás da Cortina
Tudo gira em torno de um tal de Rodrigo Rueda. Quem é esse sujeito? Um nome que vem sendo sussurrado nos corredores do poder como uma alternativa futura para a pasta do Turismo. A estratégia do governo, segundo fontes que acompanham o dia a dia do Congresso, é justamente ganhar tempo até que a situação de Rueda se regularize. Parece que há algum empecilho – uma daquelas questões burocráticas ou talvez políticas mesmo – que impede sua nomeação imediata.
Enquanto isso não acontece, Sabino segue no cargo, mas com uma espada de Dâmocles pendurada sobre a cabeça. É uma posição desconfortável, para dizer o mínimo. Imagine você trabalhando sabendo que seu chefe já está de olho em outro candidato? A situação é, no mínimo, constrangedora.
O Jogo de Poder por Trás dos Panos
O que essa história toda revela é a complexa engrenagem da base aliada. O União Brasil mostrou sua força, e o governo, pragmaticamente, recuou para evitar uma crise maior. Não é sobre lealdade ou mérito, é pura e simplesmente matemática política: quantos votos se ganha, quantos se perde.
Lula, velho lobo da política, entendeu que o preço de demitir Sabino agora seria alto demais. Preferiu engolir sapos e aceitar uma solução improvisada, mas que mantém a paz – ainda que frágil – com uma parte importante da sua base de sustentação no Congresso. É o famoso "mal menor".
Resta saber quanto tempo essa "sobrevida" vai durar. Até Rueda estar pronto para assumir? Até a poeira baixar? O fato é que o Planalto comprou uma trégua, mas a guerra pela vaga de ministro do Turismo está longe de acabar. A próxima jogada é de quem?