
O clima em Brasília está pesado, daqueles que dão até frio na espinha. Não é para menos: às vésperas de um julgamento que pode virar o jogo político no país, o Palácio do Planalto parece mais um bunker de guerra do que a sede do governo.
O GSI – aquela galera que não brinca em serviço – está de olho aberto e dedo no gatilho. E não, não é força de expressão. O esquema de segurança foi turbinado com um reforço de tropas que não se via desde… bem, desde sempre, ou quase. O pessoal anda tão alerta que até formiga está sendo revistada.
O que está em jogo?
Parece coisa de filme, mas é a pura realidade: o ex-presidente Jair Bolsonaro encara um julgamento no TSE que pode lhe custar oito anos de inelegibilidade. O assunto? Aquele meeting com embaixadores no ano passado, que rolou em pleno período eleitoral e levantou suspeitas de uso indevido da máquina pública.
O placar até agora está empatado: dois votos a dois. O ministro Benedito Gonçalves, o relator, já deu o seu veredito – e foi pela condenação. Agora, tudo depende dos próximos movimentos. É um jogo de xadrez em que cada peça mexe com o futuro de milhões.
Nervos à flor da pele
Dá para sentir a tensão no ar. O Planalto não está só de casa nova – está de casa fortificada. Barreiras físicas, contingente extra, protocolos de emergência revisados… Nada foi deixado ao acaso.
E não é só o governo que está com os nervos à flor da pele. Apoiadores e opositores já começam a se posicionar nas redes e nas ruas. Todo mundo segura a respiração, esperando o próximo capítulo dessa novela que, francamente, nem os melhores roteiristas de Hollywood seriam capazes de inventar.
Uma coisa é certa: o Brasil não será o mesmo depois dessa decisão. Seja qual for o desfecho, as consequências vão ecoar por muito, muito tempo.