Escândalo no TCE-RJ: Domingos Brazão Preso e Com Salário Suspenso em Operação da Polícia Federal
Domingos Brazão preso pela PF; salário no TCE-RJ suspenso

A coisa esquentou de vez para o conselheiro Domingos Brazão, uma figura que já era conhecida nos corredores do poder carioca. Nesta quarta-feira, 25 de setembro de 2025, a Polícia Federal botou a mão nele, numa operação que pegou muita gente de surpresa — ou será que não?

O fato é que o presidente do Tribunal de Contas do Estado do Rio (TCE-RJ), Christian de Castro, não perdeu tempo. Mal a PF anunciou a prisão, ele já determinou a suspensão imediata do salário de Brazão. E não foi pouco: estamos falando de mais de R$ 41 mil mensais que, pelo menos por enquanto, vão deixar de cair na conta do conselheiro.

Uma decisão rápida e necessária

Christian de Castro justificou a medida citando o próprio regimento interno do tribunal. Parece que quando um conselheiro é preso em flagrante por um crime comum — e olha, o que não falta é tipo de crime por aí —, a suspensão do vencimento é quase automática. Uma jogada de mestre para tentar preservar o que resta da imagem da instituição, que anda mais arranhada que carro velho.

O interessante é que Brazão nem estava no exercício do cargo quando a PF chegou. Será que ele já esperava por isso? Quem sabe. O certo é que a prisão preventiva, decretada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), veio no bojo da Operação Placebo, que investiga um suposto esquema de venda de sentenças no TCE-RJ. Sim, você leu certo: venda de sentenças.

O que diz a lei — e a realidade

De acordo com a legislação, a suspensão do salário vale até que haja uma decisão final sobre o afastamento do conselheiro. Enquanto isso, Brazão vai ter que se virar sem os R$ 41.651,77 que recebia mensalmente. Uma bela quantia, convenhamos.

O plenário do TCE-RJ ainda vai se reunir para decidir sobre o afastamento definitivo de Brazão. Até lá, ele continua oficialmente no cargo, mas sem receber um centavo. Ironia das ironias: tecnicamente empregado, praticamente desempregado.

Esse caso me faz pensar naquelas frases feitas sobre "justiça sendo feita". Será que finalmente estamos vendo alguma consequência real para quem abusa do poder? Ou é só mais um capítulo na novela interminável de corrupção que assola nosso país?

Uma coisa é certa: o Rio de Janeiro merece instituições fortes e íntegras. O TCE-RJ, que deveria ser o guardião do erário público, precisa urgentemente recuperar sua credibilidade. E talvez — só talvez — ações como essa sejam um primeiro passo nessa direção.