Numa reviravolta que parece saída de um roteiro de novela política, a Justiça acabou de dar um xeque-mate no tabuleiro jurídico. O ex-procurador Deltan Dallagnol foi condenado a indenizar o ex-presidente Lula por danos morais — e o motivo é tão peculiar quanto polêmico.
Tudo gira em torno de uma famigerada apresentação de PowerPoint, aquelas que a gente usa pra tentar impressionar o chefe, mas que nesse caso virou arma política. Durante a Operação Lava Jato, lá em 2016, Dallagnol usou slides pra acusar Lula de crimes. Só que, segundo os juízes, foi tudo um pouco além da conta.
O peso de um slide mal colocado
Não foi qualquer apresentação. Os magistrados consideraram que aqueles slides — cheios de cores e setinhas — acabaram pintando Lula de forma injusta perante a opinião pública. "Quando a caneta do PowerPoint vira arma política, alguém sempre sai machucado", comentou um advogado que acompanha o caso.
A decisão, que saiu nesta segunda-feira (28), determinou que Dallagnol pague uma indenização que, embora não seja astronômica, tem um peso simbólico enorme. O valor exato? Bem, isso fica entre as partes — mas dá pra comprar vários projetores novos, digamos assim.
Efeito dominó jurídico
O caso reacende debates que pareciam adormecidos:
- A linha tênue entre investigação e espetacularização
- O uso de ferramentas "inocentes" como instrumentos de persuasão pública
- E aquela velha questão: até onde vai a liberdade de expressão de um procurador?
Curiosamente, essa não é a primeira vez que apresentações de slides viram problema na Lava Jato. Parece que alguns procuradores deviam ter prestado mais atenção nas aulas de "Como não virar meme jurídico".
De um lado, os defensores de Dallagnol argumentam que foi só uma ferramenta de trabalho. Do outro, os apoiadores de Lula comemoram como se fosse gol nos acréscimos. E no meio? A Justiça, tentando equilibrar uma equação que mistura direito, política e — pasme — design gráfico.
Enquanto isso, nas redes sociais, os memes já começaram a pipocar. "PowerPoint: R$ 1.200. Licença do Office: R$ 399. Indenização por slide polêmico: não tem preço", brincou um usuário no Twitter.
