Deltan Dallagnol Homenageia Luiz Fux com Frase Icônica da Lava Jato: 'Não Têm Mais Para Onde Correr'
Dallagnol homenageia Fux com frase emblemática da Lava Jato

Numa reviravolta que não deixa de carregar seu peso simbólico, Deltan Dallagnol — aquele mesmo procurador que se tornou rosto de uma das investigações mais turbulentas do país — resolveu fazer uma homenagem pública. O alvo? Ninguém menos que o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal.

E não foi qualquer elogio genérico. Dallagnol resgatou aquela frase que ecoou nos noticiários por anos a fio, quase um slogan não oficial da Lava Jato: "Não têm mais para onde correr". Só que desta vez, o contexto era completamente diverso.

Uma Posse, Uma Saudação e Muito Simbolismo

A ocasião era solene: a posse de Fux como corregedor nacional de Justiça, um cargo de peso máximo no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Dallagnol, hoje afastado das operações de combate à corrupção, pegou sua conta no X (antigo Twitter) e soltou a pérola. Junto da frase histórica, uma mensagem de apoio ao novo desafio do ministro.

Nada mal, hein? Quem viveu entre 2014 e 2017 lembra bem do estardalhaço que a expressão causava. Virou quase um grito de guerra — ou de alerta — para investigados e condenados. Agora, resurge como cumprimento entre duas figuras centrais de um capítulo ainda aberto na Justiça brasileira.

Fux no Comando da Corregedoria

Não é pouca coisa. A Corregedoria Nacional de Justiça é quem fiscaliza, orienta e — pasmem — põe ordem no próprio Judiciário. Quem assume o posto dali pra frente é Fux, que prometeu modernizar processos, dar transparência e, claro, combater malfeitos dentro da casa.

Dallagnol, de seu lado, parece ter visto na nomeação uma espécie de continuidade do espírito lavajatista. Daí a escolha nada sutil da saudação. Seria nostalgia? Apoio estratégico? Ou só um reconhecimento entre juristas?

O certo é que a frase, antes direcionada a investigados, agora vira uma mensagem de incentivo a quem assume a tarefa de fiscalizar a Justiça. Ironia do destino? Talvez. Quem sabe só história se repetindo — mas como quase-comédia, dessa vez.

Fato é: a Lava Jato pode ter arrefecido, mas suas figuras, suas frases e seus simbolismos seguem vivos — e atuantes — na boca do povo e nas redes dos ex-protagonistas.