
Parece que a terça-feira, 4 de junho, resolveu concentrar toda a tensão política e econômica do país em um único dia. Não é pouca coisa, não. Enquanto os ministros do Supremo Tribunal Federal se preparam para abrir o primeiro grande processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, lá no Planalto a equipe econômica segura a respiração à espera dos números do Produto Interno Bruto.
O placar da economia brasileira no primeiro trimestre finalmente será revelado pelo IBGE, e todo mundo quer saber: será que a gente conseguiu manter o fôlego ou já começamos a fraquejar? Esses dados são a primeira prova de fogo real para o governo Lula neste ano e podem ditar o ritmo de tudo – dos juros aos investimentos.
O Caldeirão do Supremo
E no meio disso tudo, o STF entra em cena com um espetáculo de tirar o fôlego. O julgamento de Bolsonaro é por supostamente usar as máquinas do poder para espalhar desinformação sobre as urnas eletrônicas. Não é brincadeira. A acusação fala em abuso de poder político e midiático, algo que, se comprovado, pode ter consequências sérias.
O processo é complexo, cheio de idas e vindas – afinal, qual processo envolvendo Bolsonaro não é? – e deve render longas horas de debates jurídicos. A defesa dele já deve estar com os argumentos afiados, pronta para contestar cada vírgula da acusação.
A Economia no Fio da Navalha
Enquanto os holofotes estão no Supremo, tem uma galera no Ministério da Economia de olho em outro palco totalmente diferente. O resultado do PIB é aquela carta na manga que pode mudar todo o jogo. Um crescimento robusto daria fôlego para o governo bater no peito e falar que o plano está funcionando. Um resultado fraco… bem, seria uma baita dor de cabeça.
Os analistas estão divididos, claro. Uns acham que a gente manteve uma modesta, porém estável, expansão. Outros temem que a retomada tenha esbarrado em juros altos e um cenário global nada favorável. Só o IBGE para dar o veredito final.
E aí, o que esperar de um dia como esse? Incerteza, ansiedade e, muito provavelmente, algumas surpresas. Porque quando política e economia decidem dar as mãos, o resultado raramente é monótono.