
Quem diria que, décadas depois do escândalo de Watergate, o nome Richard Nixon ainda ecoaria nos corredores do poder? O ex-presidente americano, que renunciou em 1974 sob a sombra do impeachment, deixou um rastro de estratégias que, digamos, sobrevivem com uma teimosia impressionante.
O Mestre do Controle de Danos
Nixon não inventou a política suja, mas elevou-a a uma arte. Sua obsessão por inimigos reais — ou imaginários — e sua habilidade em manipular a narrativa pública são lições que, infelizmente, muitos ainda seguem à risca. "Ele era um gênio tortuoso", admitiu um ex-assessor, misturando admiração e repulsa.
Nos bastidores, o "Tricky Dick" (como era chamado pelos críticos) criou um manual não-escrito:
- Centralização extrema do poder
- Desconfiança patológica da imprensa
- Uso estratégico de divisões sociais
Ecos na Era Digital
O que mudou? Basicamente, as ferramentas. O que Nixon fazia com fitas cassetes e reuniões secretas, hoje se replica com algoritmos e fake news. A essência, porém, é a mesma: governar pela polarização.
Não é coincidência que, em 2025, estudiosos ainda debatem seu legado com paixão incomum. Alguns defendem suas políticas externas (como a abertura à China), enquanto outros lembram seu lado mais sombrio — aquele que quase destruiu a democracia americana.
Uma coisa é certa: Nixon caiu, mas seu playbook político? Esse continua nas prateleiras de muitos líderes atuais, mesmo que ninguém queira admitir.