
Parece coisa de filme, mas é a pura realidade: um verdadeiro tesouro histórico está prestes a virar pó no centro do Rio de Janeiro. Estamos falando de documentos que contam histórias de vidas, mortes e segredos da cidade - e tudo isso pode desaparecer para sempre se nada for feito.
O Ministério Público Federal não ficou de braços cruzados. Na verdade, meteu o pé na porta da Justiça para exigir que a União tome uma atitude - e rápido! O que está em jogo é simplesmente inaceitável: livros de registro do antigo Instituto Médico Legal que datam desde 1940, com informações preciosas sobre pessoas comuns e figuras históricas.
O que exatamente está ameaçado?
Imagine só: mais de 80 anos de história brasileira guardados em papéis que estão se decompondo. São registros de óbitos, laudos periciais e documentos que poderiam esclarecer mistérios do passado. Uma verdadeira mina de ouro para pesquisadores e historiadores - ou melhor, seria, se estivesse sendo preservada direito.
O prédio do antigo IML, localizado na Praça da República, parece mais um cenário de filme de terror do que um local que guarda parte da nossa memória. Infiltrações, goteiras, mofo - você name it, o lugar tem. E os documentos? Bem, estão lá, sofrendo as consequências desse abandono completo.
Ação na Justiça: Mais que urgente
O MPF foi claro como água: a União tem a obrigação constitucional de proteger esse patrimônio. E não é de hoje! Desde 2022 o problema é conhecido, mas até agora... nada. Zero. Nada feito.
O que o Ministério Público quer é bem específico:
- Retirada imediata de todo o acervo do local
- Condições adequadas de armazenamento - o que significa controle de temperatura, umidade e proteção contra pragas
- Um plano concreto de digitalização desses documentos
- E claro, acesso para pesquisadores - porque história trancada não serve para nada
E tem mais: se a União não se mexer, pode acabar pagando uma multa diária. Justíssimo, não acham?
Por que isso importa?
Parece exagero, mas não é. Esses papéis velhos podem revelar aspectos da nossa história que nem imaginamos. Como era a sociedade carioca nas décadas de 40, 50? Quem eram as pessoas comuns que construíram essa cidade? Que histórias estão escondidas nesses registros?
É como diz o ditado: um povo sem memória é um povo sem futuro. E estamos deixando nossa memória apodrecer literalmente diante dos nossos olhos.
Agora é torcer para a Justiça dar um chega pra lá nessa negligência. Porque algumas coisas, uma vez perdidas, são perdidas para sempre. E nossa história merece mais do que um fim tão triste quanto o das pessoas registradas naqueles livros.