
Em meio ao desemprego que assola o Brasil, um mineiro encontrou um propósito inesperado: lutar na linha de frente da guerra na Ucrânia. Sem perspectivas profissionais em seu país, ele decidiu se alistar como voluntário e hoje vive os horrores de um conflito que já dura anos.
"Nunca vou me acostumar com inocentes sofrendo", desabafa o brasileiro, que preferiu não revelar sua identidade por motivos de segurança. Ele descreve cenas de destruição, famílias desesperadas e a constante ameaça de ataques.
Da crise ao campo de batalha
O mineiro, que antes trabalhava em empregos informais, viu na guerra uma chance de ajudar aqueles que mais precisam. "Não tinha nada me segurando no Brasil, apenas dívidas e frustrações. Aqui, pelo menos, sinto que estou fazendo a diferença", afirma.
Ele integra um grupo de voluntários internacionais que presta auxílio humanitário e apoio logístico às tropas ucranianas. Apesar dos riscos, o brasileiro diz que não pensa em desistir. "Enquanto houver gente precisando de ajuda, vou continuar aqui", declara.
O peso emocional da guerra
O cotidiano no front é marcado por perdas e traumas. "Você nunca sabe se vai acordar no dia seguinte", confessa. O mineiro relata que já presenciou amigos sendo feridos e até mortos em combate, experiências que deixaram marcas profundas.
Mesmo com todo o sofrimento, ele mantém a esperança de um dia voltar ao Brasil e compartilhar sua história para conscientizar outros sobre os horrores da guerra. "As pessoas precisam entender que isso não é um filme ou um jogo. É a vida real", conclui.